FEIRA DE SANTANA – A insistência do prefeito Colbert Martins Filho (MDB) em tentar reconduzir o advogado Carlos Alberto Moura Pinho ao cargo de procurador geral do Município está sendo a “gota d’água” para acirrar os ânimos entre o Executivo e o Legislativo e pode lhe custar o mandato. Logo após o recesso parlamentar de meio de ano, a Câmara Municipal está disposta a se debruçar sobre pelo menos 10 pedidos de impeachment do chefe do Executivo.

Até então se dizendo contra pedidos de impeachment, o presidente da Câmara Municipal, vereador Fernando Torres, tornou público que já mudou de ideia sobre a abertura de processos para cassar o mandato do prefeito Colbert Martins Filho e que não pretende mais esperar até o próximo ano, quando a iniciativa seria avaliada pela presidente eleita Eremita Mota. A decisão foi tomada após a queda-de-braço com o Executivo, que não aceita a dupla rejeição dos vereadores à recondução de Moura Pinho ao cargo e está recorrendo à interferência da Justiça no Legislativo.

Por enquanto, as sessões da Câmara Municipal de Feira de Santana estão focadas exclusivamente na conclusão da apreciação e aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que está em segunda discussão. As sessões na Casa Legislativa prosseguem até dia 30, quinta-feira da próxima semana, quando entrará em recesso de meio de ano.

O período de recesso, entretanto, será de curta trégua entre os poderes Legislativo e Executivo. Vem pela frente uma gigantesca batalha jurídica, que nos bastidores certamente já teria sido iniciada, com o recebimento de mais de 10 denúncias com pedidos de impeachment do prefeito. E, pelo visto, com a grande insatisfação de parte dos vereadores por não terem suas solicitações atendidas pelo Executivo, os trabalhos dos advogados e juristas visando a cassação do mandato deve começar mesmo em julho e de forma acelerada.