FEIRA DE SANTANA – Frustrando a expectativa de quem apostava na possibilidade do Poder Executivo apresentar para apreciação da Câmara Municipal, até às 15h desta sexta-feira (17), o nome de um novo advogado para procurador do Município, o prefeito Colbert Martins Filho respondeu ofício do Poder Legislativo afirmando que ordem do juízo sobre votação da recondução do procurador Moura Pinho não foi cumprida.
O prefeito informou que
a Câmara Municipal não cumpriu a ordem liminar do juízo da 2ª Vara da Fazenda
Pública, ao determinar a anulação da votação ocorrida no dia 8 de junho e a
realização de uma nova votação, com avaliação do disposto na Lei Orgânica e Lei
Complementar Municipal nº 02/95, que obriga a observação dos critérios de “reconhecido
saber jurídico” e “reputação ilibada” para preenchimento ou recondução ao cargo
de procurador-geral do Município.
Com o impasse, a
disputa entre os poderes Executivo e Legislativo deve se acirrar, prosseguindo
no âmbito judicial. Enquanto isso, o advogado Carlos Alberto Moura Pinho
continua no cargo de procurador-geral do Município de Feira de Santana até que
a questão agora seja definida certamente pela Justiça.
Na defesa de Moura
Pinho, o Poder Executivo afirma que o advogado atende todos os critérios de “reconhecido
saber jurídico” e “reputação ilibada” dispostos em Lei para ser conduzido ou
reconduzido ao cargo, não podendo assim a Câmara Municipal rejeitar a indicação
de seu nome.
Moura Pinho teve seu
nome rejeitado pela Câmara Municipal na primeira apreciação, no dia 8, e voltou
a ser rejeitado pela maioria dos vereadores, sob a liderança do presidente
Fernando Torres, na nova votação, no dia 14 deste mês.
O prefeito considerou que
houve descumprimento da ordem judicial, visto que não foram avaliados, na
segunda votação, os critérios objetivos citados na Lei e cobrados pela Justiça,
já que o candidato à recondução ao cargo preenche todos os requisitos para a
função.