Pupilos do Poder



 

Ao propor reajuste salarial anual diferenciado com vantagens exclusivas para os professores da rede pública municipal de Feira de Santana, a Câmara Municipal deixou clara a força da APLB/Sindicato, entidade vista como braço sindical do PT. Para se ter ideia do tamanho da discriminação, o Legislativo considera que os filiados à entidade sindical merecem reajuste salarial anual de 33,24%, enquanto que os demais servidores são ignorados e devem se contentar com apenas 11,73% de reajuste.

 

Discriminação Indigesta

 

Os servidores públicos municipais de Feira de Santana não assimilaram nada bem a política de desprezo da Câmara Municipal à sua categoria. Consideram inconstitucional o Legislativo defender reajuste salarial pomposo e diferenciado exclusivamente para os professores, enquanto os demais continuam sendo tratados com desprezo. E mandam um recado: Que esperem para ver se nas urnas eleitorais eletrônicas o peso do voto é diferenciado por categoria.

 

Efeitos Colaterais

 

As eleições de 2 de outubro deste ano terão reflexos diretos nas eleições municipais de Feira de Santana em 06 de outubro de 2024. A depender dos resultados das eleições para governador, aqui nesta cidade um candidato a prefeito poderá ter que amargar uma disputa, daqui mais dois anos, só na “cara e na coragem”, sem contar com o apoio de cerca de 8 mil cargos comissionados à disposição pelo Governo do Estado para tentar mais uma vez comandar o Paço Municipal Maria Quitéria.

 

Chacota com Eleitor

 

Conhecido pelo apelido que é justamente o nome de um deputado para o qual historicamente sempre fez campanha eleitoral gratuita, um barraqueiro que há décadas trabalhava comercializando lanches na porta do Hospital Geral Clériston Andrade usou as redes sociais para demostrar sua indignação ao ser excluído da lista dos contemplados com quiosques. Diante de tanta “chacota” dos conhecidos, não poupou nenhuma estrela na lata do lixo. De vermelho, agora, só a própria cara envergonhada com a desfeita.

 

Dormindo com Inimigo

 

Em vão, a Prefeitura de Feira de Santana gasta fortuna com publicidade mal direcionada tentando forçar uma parceria com a Câmara Municipal, que na prática não existe, para execução de obras na cidade. Ao invés disso, deveria cuidar de um alinhamento entre os dois poderes. Só resta saber se os custos seriam realmente bem menores?