Uma força tarefa criada
pela União dos Municípios da Bahia (UPB) vai acompanhar a situação dos
municípios que tiveram cerca de 300 convênios assinados com a Companhia de
Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder) no dia 14 de maio e cancelados no dia
16 de junho. A iniciativa, adotada pelo governador Rui Costa (PP), está sendo
vista pelos prefeitos como uma chantagem visando garantir apoio para as
eleições, já a promessa é liberar os recursos somente após os resultados do
pleito eleitoral de 2 de outubro.
Diante da situação, o
presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), informou que a entidade
vai acompanhar a situação dos municípios que tiveram os convênios cancelados em
junho, mesmo após a abertura dos processos licitatórios e de terem sido
publicados no Diário Oficial do Estado, edição do dia 14 de maio.
Zé Cocá suspeita de
chantagem do Governo do Estado para garantir o apoio dos prefeitos nas
eleições. “Estamos ouvindo alguns prefeitos afirmarem que o Governo do Estado
tem prometido pagar os convênios após a eleição, o que, a nosso ver, é ilegal e
imoral. O município não pode começar uma obra sem o dinheiro fruto do convênio
e nem a Conder pode pagar essa conta depois. Não é legalmente possível começar
uma obra conveniada para receber depois”, concluiu.