Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A Polícia Federal está em Feira de Santana, cumprindo mandatos de busca e apreensão simultaneamente na Secretaria Municipal de Saúde, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha e no Paço Municipal Maria Quitéria. A ação faz parte da operação “No Service”, cumprindo mandatos judiciais decorrentes de investigação relativa às irregularidades denunciadas por vereadores feirenses.

A operação também é realizada nas cidades de Salvador e São Paulo. Investiga denúncias de irregularidades na contratação de empresa de propriedade do atual secretário de Saúde, Marcelo Britto, para realizar consultoria em uma UPA do município com valores superfaturados.

 

DENÚNCIA

 

As investigações dão conta da contratação de organização para gerir a UPA do bairro Queimadinha, através de licitação realizada em 2018, com prazo de vigência por um ano, no montante de R$ 11.909.004,00. O prazo poderia ser renovado por até 5 anos.

Em 2020, a organização gestora da UPA firmou contrato com a empresa do secretário de Saúde, Marcelo Britto, no valor mensal de R$ 44 mil. Entretanto, conforme ficou comprovada nenhuma prestação de serviços. O contrato simulado teria provocado prejuízos aos cofres públicos no montante superior a R$ 200 mil, segundo as investigações.

 

AFASTAMENTO

 

Durante a operação, a Polícia Federal cumpre mandatos de busca e apreensão em três cidades e também dois mandatos de afastamento de função pública de secretários, todos expedidos pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária nesta cidade. São alvos os secretários de Saúde, Marcelo Britto, e de Governo, Denilton Brito, este por ter autorizado o contrato entre a empresa do secretário e a organização gestora da UPA.