Em Itapetinga, candidato a governador faz primeiro comício do segundo turno e diz que PT tenta reduzir debate na Bahia a um número, escondendo o seu adversário

O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (11) que o PT tem insistido em reduzir o debate neste segundo turno de eleições na Bahia. O objetivo é um só: não discutir o que realmente importa para as pessoas, porque na educação, desemprego, violência e saúde é justamente onde o governo vai muito mal. 

Além disso o PT, tenta esconder o candidato ao governo Jerônimo Rodrigues, na tentativa de forçar os eleitores a votarem apenas num número, sem conhecer, de fato, o postulante.

Neto realizou, na noite de quarta, uma grande caminhada seguida de evento na cidade de Itapetinga, no Médio-Sudoeste baiano, onde venceu as eleições no primeiro turno com 54,56% dos votos. Ao lado do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), o candidato do União Brasil reuniu uma multidão tanto nas ruas como na Praça Dairy Walley, onde realizou o seu primeiro comício deste segundo turno.

"Não dá para reduzir o debate na Bahia a coisas que não são fundamentais para o futuro do nosso estado. Porque caberá ao governador enfrentar a partir de janeiro os graves problemas que afetam os baianos. No primeiro turno, muitos foram às urnas e apenas votaram num número. Mas, gente, não é um número que está sob a avaliação dos baianos no próximo dia 30. O que está sob nossa decisão é o caminho que queremos trilhar. É a reflexão se a Bahia que vivemos hoje é a Bahia que queremos para os nossos filhos e para os nossos netos", disse no comício.

"Muita gente no primeiro turno votou em Jerônimo sem saber nem quem ele é. Sem saber qual é a história dele, sem saber o que ele já fez ou deixou de fazer na vida pública. Pois eu me sinto na obrigação de contar a vocês. Porque, nesse segundo turno, é mano a mano, é cara a cara, sou eu e ele e é o futuro da Bahia que está em jogo", completou o candidato do União Brasil.

Neto lembrou que Jerônimo foi secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia e teve como principal marca da sua gestão a extinção da EBDA, empresa pública que dava suporte técnico aos pequenos produtores rurais. Sem ela, a agricultura familiar ficou sem apoio direto e sem pesquisa. "Pois eu quero dizer a vocês: Deus vai me permitir ser governador e eu vou recriar a EBDA para ajudar os produtores rurais", disse.

Depois, Jerônimo foi o secretário de Educação responsável por deixar a Bahia em penúltimo lugar do Brasil em qualidade de ensino, segundo o IDEB. Na última Prova Brasil, que avalia o aprendizado dos alunos da rede pública, a Bahia aparece apenas à frente do Maranhão.

"O fracasso da educação da Bahia tem nome e sobrenome. O nome é Jerônimo, o sobrenome é Rodrigues. Então está claro, Jerônimo foi testado e reprovado e vai perder as eleições neste segundo turno", cravou ACM Neto.

Itapetinga

Neto disse que escolheu Itapetinga para ser o local do seu primeiro comício no segundo turno para agradecer à expressiva votação e para, enfim, realizar um evento que ocorreria na quarta-feira (28), antes do primeiro turno. O candidato teve que desmarcar aquele encontro por conta do assassinato do subtenente Alves, ocorrido na madrugada daquele dia, e que segue sem ser resolvido pelas autoridades.

Apesar da sua ausência, Rodrigo Hagge e outras lideranças realizaram aquele evento com uma grande mobilização, antecipando o que apareceria nas urnas dias depois.

Neto finalizou lembrando que, diferentemente do seu adversário, não precisa se esconder. "Do lado de cá eu, com muito orgulho, posso dizer a vocês que tenho mais de 20 anos de vida pública, já disputei várias eleições, fui três vezes o deputado mais votado da Bahia, fui duas vezes prefeito de Salvador e por oito anos consecutivos considerado o melhor prefeito de todo o Brasil", disse.

"Essa é a minha grande diferença para o candidato do PT aqui na Bahia: ele foi testado e reprovado. Eu fui testado e considerado o melhor prefeito de todo o Brasil", completou.