Sob o comando da pré-candidata a vereadora de esquerda Marlede Oliveira, a APLB ataca a democracia ao convocar greve na rede pública municipal de Feira de Santana em ano eleitoral e deixando milhares de crianças sem aula. A decisão unilateral da entidade, sem antes apelar para negociações da pauta de reivindicações com o Governo Municipal, é vista como uma espécie de retaliação ao prefeito Colbert Martins Filho por ele querer pagar antecipadamente os precatórios do Fundef.

O efeito devastador das frequentes suspensões das aulas na rede pública municipal, deixando os alunos fora da sala de aula, se reflete no baixo nível de aprendizagem escolar na Bahia, que desponta entre os estados com piores resultados no ensino público. 

E, pelo visto, os prejuízos com o distanciamento da sala de aula e a falta de compromisso com a educação, com a greve de recursos tão somente em último caso, atingem também os próprios sindicalistas. Basta ver um post da APLB/Sindicato de Feira de Santana onde convocou uma categoria para a greve declarando “Paula de reclamação” ao invés de “pauta de reclamação”.

Ironicamente, dente dos itens da pauta de reivindicação da APLB consta o pagamento dos precatórios do Fundef, algo que na prática não condiz com a realidade, conforme os próprios professores do grupo exclusivo que tem direito ao benefício, que alegam dificuldades para a obtenção em função deste sindicato.