Uma mudança nos limites da margem consignável utilizada pelos servidores públicos municipais de Feira de Santana para aquisição de itens essenciais, como medicamentos de uso contínuo, supermercado, dentre outros convênios, está causando insatisfação e preocupação á categoria. Com a medida da Secretaria de Administração, o servidor não pode mais utilizar todo o limite de sua margem em um determinado convênio - limitando a utilização a apenas parte da margem. 

O advogado Gerônimo Azevedo informa que diante disso vários servidores estão ingressando na Justiça contra o secretário de Administração, José Marcondes de Carvalho; o secretário de Desenvolvimento Social, Denilton Brito (também citado como responsável pela medida); e contra o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Feira de Santana, por conivência. "Estão sendo arrolados todos os CPFs, pessoas físicas", explica Erick Rodrigues, outro advogado a frente da causa.

Digleide Nascimento é uma das servidores que está se sentindo prejudicada. "Sou uma pessoa que sou portadora de doenças crônicas e faço uso de medicamentos de uso contínuo. E quando eu cheguei na farmácia, fui pega de surpresa. Procurei o secretário de direito e ele me disse que é norma do prefeito.  Então, eu peço ao prefeito, Colbert Martins, converse com o secretário, porque não é só eu que estou nessa situação, são diversos funcionários", pontuou.

Ela acrescenta que é uma dentre os vários servidores que ingressaram com ação na Justiça. "Procurei os meus direitos através de advogado. Nós não estamos pedindo nada que seja fora da realidade. A gente todo mês tinha esse crédito de chegar na farmácia e obter os nossos medicamentos", salientou.

Outra servidora insatisfeita é Izabel Cardoso Evangelista. Ela observa que a mudança imposta pela Secretaria de Administração priva o funcionário público de utilizar a margem consignável da forma que mais precisa. "É algo lamentável e preocupante. Espero muito que isso se normalize, pois só tem prejudicado os servidores que mais precisam", considerou. 

O servidor Jailton Ribeiro acredita que a Justiça será favorável a causa dos servidores municipais. "Não estamos pedindo nada além daquilo que é o nosso direito e que por muitos anos vínhamos utilizando", pontuou.