As raízes da futura ex-ministra da Saúde, Nízia Trindade, estavam tão profundas e seguras no governo petista quanto as das plantas cultivadas no sistema hidropônico. Na semana passada, ela dizia que estava firme no cargo. Foi demitida por Lula.

Nízia Trindade vinha sendo fritada há pelo menos duas semanas. Os boateiros davam como certa a queda dela. Mas o presidente teria a tranquilizado. O mesmo fez com a medalhista olímpica Ana Mozer, que ficou no cargo por apenas dois meses.

Nízia Trindade, que dirigiu a Fiocruz no governo de Bolsonaro, foi a terceira mulher do primeiro escalão do governo petista a ser demitida. As primeiras foram as ministras dos Esportes, Ana Mozer, e do Turismo, Daniela Carneiro. Também foi demitida Rita Serrano da presidência da Caixa.

O presidente adota a política da misoginia nas escolhas do seu ministério? É o que bradaria a esquerda, caso essas demissões fossem tomadas por um governante de direita. Esta turma é por demais cara de pedra, que precisa de um verniz para poli-la.

Não se sabe o porquê da demissão da socióloga que virou ministra da Saúde. Mas por excesso de competência é que não foi. Vai ser substituída por Alexandre Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais, onde foi alvejado pelo fogo amigo, e retorna ao cargo que ocupou durante o governo de Dilma.

Por: Batista Cruz / https://www.facebook.com/batista.cruz.33