É macabra a intenção da APLB ao criar obstáculos obscuros para barrar a todo o custo a antecipação do pagamento dos precatórios dos professores da rede pública municipal em Feira de Santana. Enquanto a entidade sindical tenta abocanhar forçosamente uma insaciável comissão de astronômicos R$ 36 milhões, nada menos que 11 professores já aposentados perderam suas vidas, desde setembro do ano passado, enquanto aguardavam angustiadas pela liberação dos recursos para realização de sonhos que jamais se tornarão realidade.

Para quem faz jus aos recursos dos precatórios e almeja, com eles, fazer viagens, cuidar da saúde, trocar de carro, reformar a casa, ajudar familiares, sejam pequenos ou grandes sonhos, a disputa insana da APLB para tirar o fruto de seu suor está causando indignação generalizada. 

A indignação dos docentes que estão na luta pela antecipação dos precatórios, boa parte deles já idosos, aumenta ainda mais quando atualizam os dados de mortes de colegas, que se foram sem usufruir dos recursos frutos de seus longos anos de dedicação na educação.

Segundo informações de docentes que preferem se manter no anonimato, temendo retaliações do sindicato, o número de professores que já morreram antes de ter acesso aos recursos pode ser bem maior, considerando o tempo em que o processo se arrasta sempre atrapalhado pelos interesses nada saudáveis da APLB.

A última interferência da APLB, que levou a Justiça a determinar que a Prefeitura apresente o valor individual correspondente às cotas a que cada professor tem direito, vai demandar ainda mais tempo para finalizar o processo, algo que não favorece em nada a categoria.

Diante desta situação, o desgaste da APLB com os professores é visível diante da insatisfação generalizada que vem acelerado em números surpreendentes a desfiliação maciça da categoria no sindicato.