O corte sistemático promovido pelo Governo do Estado nos percentuais de investimentos em Segurança Pública, Educação, Cultura e Assistência Social revelam a origem do agravamento da crise na Bahia ao longo dos últimos 7 anos. O problema crônico que afeta diretamente todos os baianos segue uma escalada sem precedentes justamente a partir de 1º de janeiro de 2015, quando toma posse o governador petista Rui Costa.
Os dados foram levantados pelo especialista em finanças públicas Antônio Ribeiro, doutor em Sociologia Econômica e das Organizações junto ao Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, que está desenvolvendo uma pesquisa sobre o tema na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
As prioridades de investimentos públicos determinadas pelo governador Rui Costa (PT) resultados em cortes em setores vitais da administração pública. E à medida que ele reduziu investimentos em Segurança Pública, Educação, Cultura e Assistência Social, aumentou significativamente os gastos com Poder Judiciário, Poder Legislativo, Funções Essenciais à Justiça e Saúde.
O declínio dos investimentos em algumas áreas vitais fica visível no comparativo entre o último ano de administração de Jaques Wagner (PT), em 2014, e os percentuais de investimentos sete anos depois, já na gestão Rui Costa (PT), em 2021.
Em 2014, enquanto a Segurança Pública recebia 10,18% do orçamento do Estado, agora em 2021 caiu para 8,32%. Da mesma forma, os investimentos na Educação foram reduzidos de 12,7% para 11,76%, enquanto Cultura caiu de 0,73% para 0,31% e Assistência Social baixou de 0,89% para 0,53%.
Baseado na redução dos índices de investimentos, ao longo dos últimos 7 anos a Bahia perdeu cifras astronômicas que impactaram de forma negativa no controle da segurança pública, no desempenho da educação, na qualidade da assistência social e na oferta de ações de cultura para as camadas sociais menos favorecidas.
Para se ter idéia dos prejuízos, cálculos levantados pelos especialista tendo como base os índices de investimentos reduzidos pelo governador Rui Costa indicam que a Bahia perdeu R$ 3,197 bilhões em Educação; mas R$ 1,529 bilhão em Segurança Pública; a Cultura perdeu uma fatia de R$ 1,019 bilhão e a Assistência Social mais R$ 689 milhões.
O resultado das perdas de investimentos tem sido a escalada sem precedentes da violência colocando a Bahia na liderança de homicídios no país, a queda na qualidade do ensino público que coloca o estado em último lugar no ranking nacional, dentre inúmeros outros problemas.