Enquanto gaúchos sofrem
com a maior tragédia natural já registrada no Brasil com a enchente que está
devastando o Rio Grande do Sul e deixando um rastro de mortes, especuladores
gananciosos tentam tirar proveito da situação aumentando impiedosamente o preço
do arroz com a desculpa da ameaça de desabastecimento do mercado. A
possibilidade de escassez do produto, entretanto, é rechaçada pelo presidente
da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), Alexandre
Velho (Foto), ao garantir que o mercado não ficará desabastecido.
Alexandre Velho
tranquiliza a população brasileira. “Já colhemos 84% da safra este ano, com bom
número este ano de produtividade, e já temos um volume estocado de mais de 6
milhões e meio de toneladas. Temos seis regiões arrozeiras no estado e uma
delas foi mais afetada, que é a região central do Rio Grande do Sul”, destacou.
O problema neste
momento, entretanto, segundo ele, está sendo muito maior de logística e também,
para completar, estão com dificuldade na emissão de notas fiscais. “Embora
tenhamos este problema de logística, grandes centros produtores, como a
fronteira Oeste, que representa mais de 30% da produção gaúcha, ela tem uma
rota alternativa que sai direto através de Santa Catarina, Paraná, chegando a
São Paulo. Então já temos uma rota para escoar e não existe necessidade de
importação de arroz. Temos uma safra boa sendo colhida e estocada”, afirmou.