As manobras da APLB que se arrastaram por anos para tentar barrar a antecipação do pagamento dos precatórios do Fundef pela Prefeitura de Feira de Santana, mesmo tendo liberado o mesmo procedimento pelo Governo do Estado, no qual a presidente da entidade, Marlede Oliveira, foi beneficiada com a recepção de sua parcela, está gerando profundo mal-estar entre professores e a entidade de classe. A revolta dos docentes é nítida e exposta em todos os comentários na conta do sindicato no Instagram que trata do assunto.  

Filiada ao PC do B e pré-candidata a vereadora, conforme noticiado pelo site O Protagonista, Marlede Oliveira tem forte ligação com o Governo do Estado e a APLB é vista como um “braço” sindical do PT e uma espécie de puxadinho do próprio governo da Bahia. Tão logo os professores desconfiam da adoção de “dois pesos e duas medidas” quando a mesma questão é tratada com o Governo do Estado ou com o Governo Municipal, que militam em campos opostos da política.

Ao tentar explicar a posição da entidade mas sem conseguir convencer os professores, que na manhã desta segunda-feira (27) foram à porta da TV Subaé protestar, a APLB recebeu duras críticas de professores, retratando a indignação com a postura dos sindicalistas.

A seguidora “limadioneasantos” defende o direito dos docentes a antecipação dos precatórios: “Muito bem já que a gente tem direito de escolher nós já escolhemos. Queremos receber agora se vamos pagar juros ou não é nossa decisão também”.

Outra insatisfeita é “aninhapbarros”. “Perda maior já acontecido, com a primeira parcela do precatório que não foi rateada com os Professores. Segundo sei, porque a Aplb perdeu o prazo para recorrer. Se o Prefeito quer adiantar o pagamento da 2a parcela via banco, com deságio, cabe ao Professor receber logo ou aguardar”.

O bombardeio não parou por aí. Outra internauta, identificada como “enxovais_neuraazvd” também defende o direito a escolha. “Eu quero receber agora sim. Chega de esperar. Sou livre para escolher como quero receber e estou lutando junto aos professores que têm direito. Quero agora! Quem não quiser vender ao banco, tá no seu direito. Mas EU QUERO!”

A situação para a APLB azedou, entretanto, no perfil de “andré e Neide”:  “@aplbfeira sim, mas o Governo do Estado vendeu total ao banco a 37% e vcs nunca falaram nada, a calasse nem sabia, passou a saber agora , pq o @colbertprefeito apresentou nas redes sociais, o decreto do governo do Estado onde foi publicado a percentagem que foi vendida os precatórios”.