O domínio absoluto na indicação para os cargos políticos da União e do Estado pelo deputado Zé Neto (PT) em Feira de Santana, com raras exceções, está provocando instabilidade com seus próprios aliados. O grupo político do pré-candidato a prefeito teme não tem nenhum espaço na indicação de cargos relevantes em uma eventual administração municipal comandada pelo petista nesta cidade.
Visto até mesmo por lideranças políticas mais próximas como o maior ditador da política de Feira de Santana, a pecha tem sido um obstáculo com o qual o deputado do PT não se incomoda em nada em ter que conviver com este fato e com esta imagem que tanto o desgasta e provoca instabilidade nas relações políticas com seus pares.
A fama de não ajudar no crescimento ou manutenção dos aliados tem sido um fantasma que assusta todos os políticos que orbitam no entorno de Zé Neto. Basta ver o destino de outras lideranças feirenses do PT ou de partidos aliados, como os ex-vereadores Alberto Nery, Marialvo Barreto, Beldes e Roberto Tourinho, além do atual deputado estadual Pablo Roberto, que somente retornou ao cenário político através do voto após ter se afastado do seu raio de alcance.
Em decorrência da fama de autoritário e insaciável por cargos eletivos, já que espontaneamente não divide a indicação de cargos administrativos dos governos do Estado e da União em Feira de Santana com ninguém, o grupo político liderado por Zé Neto não cresce. E com isso a federação liderada pelo PT enfrentou grande dificuldade para formar a chapa, prova de que o parlamentar centraliza tudo só para ele.