A permanência de Sandro Nazireu como candidato a vice-prefeito em Feira de Santana na chapa encabeçada por Zé Neto (PT) pode estar por um fio. A reação negativa entre os evangélicos à posição tomada pelo cantor gospel, que repentinamente emergiu dos bastidores do grupo petista, já está provocando um desgaste sem precedentes, tanto na carreira do cantor quanto na estratégia política furada para atrair o apoio dos cristãos.     

Nas redes sociais, a indignação dos evangélicos com a posição dos Nazireus tem sido assunto frequente e afastado o cantor de seus seguidores. Mesmo porque alguns chegam a considerar que Sandro e a esposa Jana se aproveitaram do festival de música gospel Canta Feira para tentar, agora, iludir os evangélicos e atraí-los para próximos do PT, uma sigla partidária que historicamente defende pautas incompatíveis com os princípios cristãos, em troca da indicação para compor a chapa.

Se a ideia dos Nazireus era alavancar a carreira do cantor gospel, o tiro literalmente saiu pela culatra. Da mesma forma os marqueteiros do PT não previram a reação reversa dos evangélicos, que prezam por princípios éticos e cristãos, tão rechaçados por partidos de esquerda e extrema esquerda.

Diante dos resultados negativos da inclusão do cantor gospel na chapa petista, marqueteiros e coordenação política da campanha estão vivendo momentos de alvoroço para definir uma nova estratégia visando tentar reverter a situação e evitar ainda mais desgaste. Mesmo porque o mesmo sentimento de indignação nos seio dos evangélicos é compartilhado dentre os próprios aliados da campanha do PT em Feira de Santana, onde a rejeição ao nome de Nazireu tem sido grande a ponto de provocar racha político e substituição de alguns membros da coordenação da campanha.

A impressão é que a coordenação da campanha escondeu até a véspera da convenção partidária do PT a decisão de colocar Sandro Nazireu na composição da chapa, que era muito cobiçada tanto pelo ex-vereador Roberto Tourinho quanto pela presidente da Câmara, Eremita Mota, com apoio do seu filho e presidente do partido, Yuri Guimarães.