O diretor do Departamento de Áreas Verdes da Prefeitura de Feira de Santana (vinculado à Secretaria de Serviços Públicos), o competente engenheiro agrônomo João Falcão, com a sinceridade que lhe é peculiar, expôs as dificuldades estruturais que enfrenta o órgão, motivo para tantas reclamações por parte da comunidade quanto a limpeza e manutenção desses locais e tambem a poda de árvores no município.

Em entrevista ao repórter Paulo José, do programa Acorda Cidade, o diretor justifica a demora no atendimento das demandas da população informando que,

no caso da limpeza das praças e jardins, a programação de trabalho prevê visita mensal, mas "devido à falta de estrutura e de pessoal, temos feito a cada três ou quatro meses".

Quanto a poda de árvores, há uma lista de espera de mais de 500 pedidos, "mas só tínhamos uma equipe, e agora, no final de julho, chegou mais uma". A necessidade, ele diz, é muito maior: "nós precisávamos de seis (equipes)". Então, acrescenta,  "temos atendido dentro das condições". 

Seria pior a situação, não fosse o empenho extraordinário do pessoal, conforme ele reconhece. "Entendo que nossas equipes tem feito um esforço incondicional, porém a necessidade é bem maior que a nossa condição de atender”, admite, resignado e sem esconder a frustração por não poder prestar uma assistência à altura das expectativas.

Parques, jardins e similares são estratégicos em qualquer cidade e devem ser prioritários em uma administração séria, visto que fundamentais para a qualidade de vida das pessoas. Não podem ser tratados como o Governo do prefeito Colbert Martins Filho, através da Secretaria de Serviços Públicos, vem fazendo. Afinal, a limpeza que deveria ser feita mensalmente só acontece a cada três ou quatro meses, por falta de investimentos. E a poda tem 200% menos servidores no quadro, do que precisa efetivamente, pela mesma razão. É brincar com coisa séria.