Foto: Reprodução/Ney Silva
Por mais que o Governo
da Bahia recorra às retóricas inconsistentes para negar a influência ideológica
do PT na administração pública estadual ou federal, atos administrativos que
vieram a público nos últimos dias escancaram a aversão a evangélicos e as
dificuldades para o convívio harmônico entre esquerdistas e cristãos em um
mesmo ambiente.
Antes mesmo da poeira baixar
com o escândalo da retirada da evangelização no Presídio Regional de Feira de
Santana, desde o início deste mês, o que provocou revolta e indignação de
lideranças religiosas e familiares de apenados, já estoura um novo escândalo
escancarando a aversão da administração petista a evangélicos, por mais que
tentem negar.
O escândalo agora traz
à tona uma suposta proibição à atuação de pregadores evangélicos, junto a
pacientes internados no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). A medida, que
teria sido adotada pela direção da unidade de saúde estadual em Feira de
Santana, repercutiu na Câmara Municipal nesta terça-feira (7) em discursos de
vereadores ligados ao segmento evangélico. Edvaldo Lima (UB) fez críticas à
direção do hospital, uma vez que entende ser importante a prestação do serviço
de assistência espiritual.
Ele
destacou que há, no Município, um número considerável de homens e mulheres
preparados para exercer a atividade de capelania e evangelização em hospitais e
estabelecimentos prisionais. “Temos 16 anos evangelizando quem está doente. E
tem igreja que já libertou dezenas de presos da marginalidade. Quando se proíbe
o evangelho, se coloca as drogas dentro do presídio”, reclamou, alegando que a
restrição atinge pessoas necessitadas de palavras de amor e de conscientização.
Eli Ribeiro
(Republicanos) ressaltou que a Igreja Universal do Reino de Deus é uma das
entidades religiosas que está presente em quase todos os estabelecimentos
prisionais brasileiros. “Infelizmente a gente se depara com um documento como
este, que pode dificultar levar a palavra de Deus lá no presídio”, disse.
“Se não fosse o
trabalho solidário e combativo que as igrejas realizam dentro dos presídios”,
assegurou Pastor Valdemir (PP), a questão da criminalidade poderia estar mais
grave no Brasil. “O que seria do nosso país, cidade e estado, sem este trabalho
que faz mudança? Digo isto, porque vemos o jovem entrar amador nos presídios e
saírem criminosos profissionais”, argumentou.