O governador Jerônimo
Rodrigues (PT) vai enfrentar sérios problemas para tentar a reeleição em 2026,
com o “fogo amigo” deflagrado pelo deputado federal petista Zè Neto em Feira de
Santana este ano. A posição do parlamentar contra a longevidade de grupos
políticos no poder, o qual chamou de “panela”, atinge em cheio o próprio PT,
que está no comando do Governo da Bahia há 20 anos.
A fracassada campanha para
prefeito de Zé Neto trouxe para o horário político eleitoral gratuito, tanto na
TV quanto em emissoras de rádios, além, claro, de tomar as ruas da cidade, uma
exaustiva campanha contra a “panela”, dando a entender então que o parlamentar
petista é contra qualquer grupo político que se perpetue no poder, mesmo que
este grupo seja o seu.
O jingle preferido da
campanha de Zé Neto, que nas eleições deste ano teve como alvo o seu principal
adversário político, o prefeito eleito José Ronaldo (União Brasil), deve ser
ressuscitado nos próximos dois anos, nas mãos de bons marqueteiros contratados
por adversários políticos para implodir a campanha eleitoral de seu aliado e
padrinho político, Jerônimo Rodrigues. Diante do mote da campanha eleitoral de
seu “pupilo”, o governador vai ficar em uma situação embaraçosa e sem ter
explicações para tentar reeleição quando os próprios petistas se mostram
contrários à permanência do grupo no poder.
A música do “Já deu, já
era” contra a “panela”, que tanto foi massivamente tocadas nas avenidas e
bairros de Feira de Santana, na tentativa de promover uma “lavagem cerebral” no
povo, agora deve romper os limites da cidade e alcançar toda a Bahia. Só que
desta vez, como “fogo amigo”, deve provocar um estrago de proporção inimaginável
justamente na base do próprio PT na Bahia e, quiçá, até mesmo na reeleição de
Lula. Quem sabe pelo menos desta vez, nas eleições de 2026, que já se
avizinham, faça sentido e Zé Neto realmente seja ouvido pelos eleitores
baianos?