Por: Ordachson Gonçalves

O deputado estadual Robinson Almeida é uma dessas figuras que cai de paraquedas na caixa d'água do Tomba de quatro em quatro anos. Anunciado como coordenador da campanha do candidato a prefeito Zé Neto (PT) mais uma vez, Robinson protagonizou há quatro anos o maior chororô pós-eleição. 

Em um texto publicado até em veículos de imprensa nacionais, Robinson apresentou uma série de desculpas para a derrota, sem admitir um único erro da campanha que ele mesmo coordenou. A campanha perfeita pincelada por Robinson não foi vitoriosa. 

Eis que quatro anos depois, pousa Robinson em Feira de Santana mais uma vez. Ostentando seu estereótipo do "mauricinho" da capital, que vê o interior com certo desdém, hoje abraça Eremita Mota no palanque de Zé Neto, vereadora que há quatro anos atrás, no tal do texto do chororô, foi chamada por ele de chantagista. 

Mesmo sendo ex-secretário de Comunicação do Estado, Robinson não é visto com simpatia nem pela imprensa feirense. Certa vez, ainda enquanto secretário, ao ser apresentado a um dos mais conhecidos blogueiros da cidade, perguntou se o blog tinha aquele nome para vender frutas e verduras. Piada sem graça, típica de um mauricinho da capital. 

Mais recentemente, Robinson tem demonstrado antipatia até quando tenta ser crítico. Chamou um ponto de ônibus de "casa de pombo", um comentário que poderia até não soar como provincianismo, não fosse ele um "mauricinho" da capital. 

Já é perceptível que Robinson será a bucha de canhão da campanha de Zé Neto. Ou o porta-voz da 'suíte do ódio'. 

No entanto, o feirense comum, que não vive os bastidores da política, deve se perguntar: quem é esse aí na fila do Abrigo Predileto? 

Ah, Robinson, não estamos falando de ponto de ônibus!